quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Grupos étnicos, nações e nacionalidades


Povos autóctones ou indígenas do Brasil





Perspectiva antropológica


Antropologia é o estudo da humanidade em todo tempo e lugar.



Naturalmente, muitas outras disciplinas preocupam-se de uma forma ou de outra com o ser humano. Por exemplo,

a anatomia e a fisiologia estudam o homem como organismo biológico.
as ciências sociais estudam as relações humanas
a área de humanidades examina as realizações artísticas e filosóficas.

Perspectiva holística

A antropologia se distingue porque focaliza a interconexão e a interdependência de todos os aspectos da experiência humana em todo lugar, no presente e no passado remoto, muito antes do surgimento da escrita.

Essa perspectiva holística, única e ampla, permite que o antropólogo se concentre nesse aspecto, difícil de definir ou descrever, chamado natureza humana.

A perspectiva holística também ajuda o antropólogo a ter consciência profunda do impacto que seus próprios valores (concepções) culturais podem causar na pesquisa. Como diz o ditado,

"as pessoas enxergam aquilo em que acreditam, não o que está diante dos olhos".

Ao manter a consciência crítica com relação às próprias suposições sobre a natureza humana - verificar várias vezes se as próprias crenças e ações estão influenciando a pesquisa -, o antropólogo se empenha em obter conhecimento objetivo sobre as pessoas.

Tendo isso em mente, ele procura evitar as armadilhas do etnocentrismo, a crença de que a própria cultura é a única forma adequada de viver.

Portanto, o antropólogo contribui muito para o entendimento da diversidade do pensamento, da biologia e do comportamento humano, assim como para o entendimento de muitas coisas que os seres humanos têm em comum.

Perspectiva evolutiva intercultural

Enquanto outras ciências sociais predominantemente se concentram nos povos contemporâneos que vivem nas sociedades da América do Norte e da Europa Ocidental, o antropólogo tradicionalmente olha os povos e culturas não ocidentais e de outras regiões do mundo.

O antropólogo entende que, para avaliar inteiramente a complexidade das idéias, do comportamento e da biologia, todo ser humano, de qualquer tempo e lugar, deve ser estudado.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

As raízes mesolíticas da agricultura e do pastoreio


Há 10.000 anos, a agricultura, a domesticação dos animais e a vida em vilas marcam o início do período neolítico. Essas inovações culturais resolveram alguns desafios da existência humana, mas também apresentaram (e apresentam) riscos para a saúde e envolveram trabalho considerável.

A alimentação limitada pelo cultivo de um único tipo de cultura às vezes provocava desnutrição, ou mesmo fome, quando as colheitas fracassavam.

As condições de vida em grandes grupos e contato direto com animais nas vilas neolíticas promoviam doenças infecciosas.

Durante todo o Período Paleolítico, os homens primitivos dependiam exclusivamente de alimentos encontrados na natureza para sobreviver. Eles caçavam e faziam armadilhas, pescavam e recolhiam moluscos, ovos, bagas (morangos, amoras), frutos secos (nozes, castanhas), raízes e outros vegetais comestíveis, confiando em sua própria habilidade e força para obter o que a natureza oferecia.

Sempre que as fontes de alimentos se tornavam escassas, os grupos se ajustavam, aumentando a variedade de alimentos e incorporando outros, menos desejáveis à sua dieta.

Com o tempo, as práticas de subsistência de alguns grupos começaram a mudar de tal forma que transformaram radicalmente seu modo de vida, pois estes deixaram de ser coletores e se tornaram produtores.

Para alguns dos grupos humanos, a produção de alimentos foi acompanhada de uma existência mais sedentária que, por sua vez, permitiu a reorganização da carga de trabalho na sociedade: alguns indivíduos eram liberados da busca por alimentos para se dedicar a outras tarefas.

No curso de milhares de anos, essas mudanças provocaram um modo de vida nunca imaginado. Com bons motivos, o Neolítico é considerado um período revolucionário na história humana.

Documentário: História da Humanidade - Agricultura - Egito




Documentário: Evolução pela alimentação







Seres e poderes sobrenaturais (A) Deuses e Deusas [1]


Deuses e deusas são os seres mais relevantes e mais distantes. Geralmente vistos como aqueles que controlam o universo. Quando vários deuses são reconhecidos (politeísmo), cada um deles é responsável por uma parte específica do universo. Era o caso dos deuses e das deusas da Grécia antiga: Zeus era o senhor do céu, Poseidon governava o mar e Hades era o senhor do mundo subterraneo e soberano dos mortos.

Além desses três irmãos, a mitologia grega apresenta muitas outras divindades, masculinas e femininas, cada uma delas responsável por aspectos específicos da vida e do universo.

Mitologia grega - O Panteão Olímpico




Um panteão, ou conjunto de deuses e deusas como o dos gregos, também é comum nos estados não ocidentais.

Como os estados tipicamente cresceram por meio da conquista, em geral os panteões se expandiram à medida que as divindades locais dos povos conquistados foram incorporadas ao panteão oficial desses estados.

Outra característica frequente, mas não invariável, do panteão é a presença de uma divindade suprema, que é praticamente ignorada pelo ser humano.

Os astecas do altiplano mexicano, por exemplo, reconheciam um pai supremo, a quem davam pouca atenção. Afinal, sendo tão distantes, era pouco provável que essas divindades se interessassem pelos assuntos humanos. A prática mais sensata, então, era se concentrar em divindades mais próximas, que se preocupavam mais diretamente com as questões humanas.

Mitologia asteca - a história de Quetzalcoatl



Alguns deuses astecas


A questão de gênero nas crenças religiosas

O fato de um povo reconhecer deuses, deusas, ou ambos, indica a forma como homens e mulheres se relacionam na vida diária. De modo geral, as sociedades nas quais as mulheres são subordinadas ao homem define a divindade suprema em termos masculinos.

Por exemplo, nas religiões cristãs tradicionais, os fiéis se referem a deus como um "pai" que teve um "filho" divino, não nutrem a ideia de Deus como "mãe" nem de uma "filha" divina.

Essas religiões que privilegiam o homem se desenvolveram em sociedades tradicionais, com economias baseadas na criação de animais ou de agricultura intensiva, realizada ou controlada por homens, que são as figuras dominantes para os filhos.