sábado, 28 de fevereiro de 2015

Hereditariedade


Para compreender como funciona a evolução, é preciso entender os mecanismos da hereditariedade, pois a variação hereditária constitui a matéria-prima da evolução.

Nosso conhecimento sobre os mecanismos da hereditariedade é bem recente. As pesquisas mais fecundas no nível molecular da hereditariedade aconteceram nos últimos 50 anos. Alguns aspectos permanecem confusos, mas as linhas gerais já são claras.

Transmissão dos genes

Mendel formulou as leis básicas da hereditariedade fundamentando-as na frequencia estatística das características observadas, como cor e textura, em várias gerações de plantas.

Suas inferências sobre os mecanismos de hereditariedade foram confirmadas através das bases celulares e moleculares da hereditariedade na primeira metade do século XX.

Nesse período, os biólogos criaram o termo gene, a partir da palavra grega para "nascimento". Quando os cromossomos, as estruturas celulares que contém a informação genética, foram descobertos, forneceram um veículo visível para a transmissão das características propostas nas leis de Mendel.

Em 1953, os cientistas Watson e Crick descobriram que os genes são porções das moléculas de DNA cujas longas cadeias formam os cromossomos.

O DNA é uma molécula complexa com formato incomum: helicoidal


Essa organização confere aos genes a propriedade única de se reproduzirem, fazerem cópias exatas de si próprios.

Genes

A sequência da molécula de DNA é uma receita para a produção de proteínas. Qualquer aspecto regulatório, estrutural e químico que ocorre no corpo se deve a elas: geram energia, combatem infecções, digerem comida, formam pelos, transportam oxigênio etc.

Gene é definido então como a parte da molécula de DNA que contém uma sequência de pares base que codifica uma proteína específica.

O genoma humano - a sequência completa de DNA - contem aproximadamente 20 mil a 25 mil genes, número similar ao encontrado na maioria dos mamíferos.

O ser humano e os camundongos são aproximadamente 90% idênticos




Divisão da célula

Para crescer e manter a saúde, as células de um organismo devem se dividir e produzir novas células. A divisão celular se inicia com a reprodução dos cromossomos, formando um segundo par que duplica o par original de cromossomos do núcleo.



Como a maioria dos animais, os humanos se reproduzem sexualmente. Um dos motivos da popularidade do sexo, sob a perspectiva da evolução, é que oferece oportunidades para a variação genética.

Todo animal contém duas cópias de cada cromossomo, cada herdada de seu respectivo genitor. No ser humano, isso envolve 23 pares de cromossomos. A reprodução sexual reúne alelos benéficos e remove os prejudiciais ao genoma. Embora as sociedades humanas tenham sempre regulado a reprodução sexual de alguma forma, a Genética tem provocado grande impacto sobre os aspectos sociais da reprodução.

A reprodução sexual aumenta a diversidade genética, que, por sua vez, contribui para uma grande quantidade de adaptações entre espécies que se reproduzem sexualmente, como a humana.



Herança poligênica

A maior parte dos traços físicos, como altura, cor da pele ou suscetibilidade a doenças, é controlada por múltiplos genes. Nesse caso, fala-se de herança poligênica. Por exemplo,vários indivíduos podem ter exatamente a mesma altura, mas, como não existe um único gene que determina esse traço, não é fácil descobrir a estrutura genética de pessoas com 1,60m.






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